Após o encerramento da Escola Dominical os irmãos e as irmãs permaneciam um tempo em frente à Igreja para os cumprimentos, despedidas, convites para almoço, marcar as atividades para a tarde e para o culto da noite, crianças brincando e correndo entre os bancos da igreja e o jardim em frente à escada comemorando a “liberdade”, depois de passarem algumas horas estudando os ensinamentos da bíblia, para desespero das mães e avós.
Como que atendendo a um comando todos subitamente ficaram em silencio quando um tom de voz um pouco mais alto entre o Seu Célio e o Seu Antonio chamou a atenção de todos. Por algum motivo ambos discordavam entre si de uma orientação da Igreja para algum assunto ou como resolver um caso de namoro “mais avançado” ou um irmão que não se comportava de acordo. Ninguém ficou sabendo o motivo da “discussão” e do tom elevado de voz, se é que poderia ser chamado de discussão em voz alta, apenas um pequeno volume a mais, mas suficiente que até as crianças parassem com o folguedos, sem entender e sem saber o que fazer. Antes que os irmãos e irmãs se aproximassem para saber o que houve ambos foram embora sem nenhuma explicação e sem se despedirem de ninguém.
Para o Sr. Célio foi o pior domingo de sua vida, não quis almoçar, não quis nenhuma conversa com a esposa. filhos, netos ou um ou outro irmão que foi até sua casa. Dona Hayde conhecia bem o marido e já ia dizendo – “Eu conheço bem o Célio, quando fica assim é melhor deixar ele sozinho e deixar passar”. Ficou a tarde toda entre o quintal da casa, em baixo da goiabeira, sentado na sua cadeira preguiçosa e o quarto. Os netos foram brincar com as crianças vizinhas pois o clima não estava bom.
Do outro lado o mesmo acontecia com Seu Antonio que também não queria conversa com esposa, filhos, netos e os irmãos que foram até sua casa em missão de paz.
Na verdade ninguém tinha entendido nada, qual o motivo da discussão – se é que fosse possível chamar de discussão - até porque eram amigos de muitos e muitos anos, desde os tempos de solteiros, participavam das atividades da igreja e dos outros eventos pela cidade.
Não foram ao culto da noite, o que só acontecia por motivo de doença, e que deixou todos tristes, silenciosos e preocupados.
Na segunda feira logo de manhã, após uma noite mal dormida, Seu Célio saiu sem tomar café, para desespero de Dona Hayde e não foi para o Colégio Estadual onde era o Diretor. Foi para a casa do Seu Antonio e lá chegando foi recebido pela Dona Aparecida que, entre assustada e atenciosa, convidou-o para entrar e tomar um café. Seu Célio apenas pediu que chamasse o Seu Antonio, que logo veio meio ressabiado sem saber o que falar, andando meio devagar e ouviu do Seu Célio.
-“Antonio, já estamos muito velhos para ficarmos brigados, nunca brigamos, não temos mais idade para fazermos novos amigos, está difícil conseguir novos amigos, nem sei porque discutimos, dê cá uma abraço e me tire desta agonia.”
Quem passava pela Rua 7 de Setembro naquele momento nada entendeu ao ver dois homens velhos, velhos homens, velhos amigos, amigos velhos se abraçando e chorando.
Como que atendendo a um comando todos subitamente ficaram em silencio quando um tom de voz um pouco mais alto entre o Seu Célio e o Seu Antonio chamou a atenção de todos. Por algum motivo ambos discordavam entre si de uma orientação da Igreja para algum assunto ou como resolver um caso de namoro “mais avançado” ou um irmão que não se comportava de acordo. Ninguém ficou sabendo o motivo da “discussão” e do tom elevado de voz, se é que poderia ser chamado de discussão em voz alta, apenas um pequeno volume a mais, mas suficiente que até as crianças parassem com o folguedos, sem entender e sem saber o que fazer. Antes que os irmãos e irmãs se aproximassem para saber o que houve ambos foram embora sem nenhuma explicação e sem se despedirem de ninguém.
Para o Sr. Célio foi o pior domingo de sua vida, não quis almoçar, não quis nenhuma conversa com a esposa. filhos, netos ou um ou outro irmão que foi até sua casa. Dona Hayde conhecia bem o marido e já ia dizendo – “Eu conheço bem o Célio, quando fica assim é melhor deixar ele sozinho e deixar passar”. Ficou a tarde toda entre o quintal da casa, em baixo da goiabeira, sentado na sua cadeira preguiçosa e o quarto. Os netos foram brincar com as crianças vizinhas pois o clima não estava bom.
Do outro lado o mesmo acontecia com Seu Antonio que também não queria conversa com esposa, filhos, netos e os irmãos que foram até sua casa em missão de paz.
Na verdade ninguém tinha entendido nada, qual o motivo da discussão – se é que fosse possível chamar de discussão - até porque eram amigos de muitos e muitos anos, desde os tempos de solteiros, participavam das atividades da igreja e dos outros eventos pela cidade.
Não foram ao culto da noite, o que só acontecia por motivo de doença, e que deixou todos tristes, silenciosos e preocupados.
Na segunda feira logo de manhã, após uma noite mal dormida, Seu Célio saiu sem tomar café, para desespero de Dona Hayde e não foi para o Colégio Estadual onde era o Diretor. Foi para a casa do Seu Antonio e lá chegando foi recebido pela Dona Aparecida que, entre assustada e atenciosa, convidou-o para entrar e tomar um café. Seu Célio apenas pediu que chamasse o Seu Antonio, que logo veio meio ressabiado sem saber o que falar, andando meio devagar e ouviu do Seu Célio.
-“Antonio, já estamos muito velhos para ficarmos brigados, nunca brigamos, não temos mais idade para fazermos novos amigos, está difícil conseguir novos amigos, nem sei porque discutimos, dê cá uma abraço e me tire desta agonia.”
Quem passava pela Rua 7 de Setembro naquele momento nada entendeu ao ver dois homens velhos, velhos homens, velhos amigos, amigos velhos se abraçando e chorando.
Serviço: Escola Dominical é uma atividade das Igrejas Evangélicas que tem início todos os domingos às nove horas, com uma oração de todos os membros que, na sequencia se dirigem a salas separadas entre as crianças, os jovens, os adultos homens e adultos mulheres para estudo dos ensinamentos biblicos.
