A gente tinha uma carência danada aqui em Sampa de lugares que nos transportassem de volta prá nossa roça, o cheiro do café, do bolo de fubá quentinho, das modas de viola e o canto dos "grilo" (na verdade eram cigarras) ao entardecer. Ai um dia tava eu vendo no canal rural as cumadres Celia e Celma (aquelas que eu sempre que encontro inverto os nomes, óbvio) quando dei de cara com uma matéria das outras cumadres Tetê e Alzira Espíndola. Eu sempre toco a campainha da Alzira quando vou na casa do Turcão, porque não existe vivente neste mundão que entenda aquela maldita cigarra elétrica!!!
Bão, mas voltando à matéria delas, chegou por lá um tar de Oswaldinho e Marisa Viana, que já tão cheio de histórias por aí e neste cantinho também. O ocorrido é que eles anunciaram lá o tal de Café Fubá, que foi onde nos encontramos e reencontramos, e onde este BLOG nasceu numa prosa entre eu, José Maria e nossa Editora-chefe, a Fernanda. Tava com saudades do Café Fubá, embora eu procure no limite de minha competência reproduzir um pouco daquele ambiente lá no Armazém Mineiro do Embú das Artes, até que achei uma música que fiz em 2002 práquele povo e seu lugar mágico, então ai vai (não tá cifrado, mas dá prá providenciar...):
O café e o bolo fubá
(Giba da viola - 2002)
Dedicado ao Café Fubá,
Oswaldinho e Marisa Vianna)
Só aquele que já trilhou
nas trilha das invernada
nos dia, nas madrugada
sabe o prêmio que ganhou
o ar puro que se respira
no puro sertão caipira
do canto das passarada
os dia, e as alvorada.
Só aquele que estremece
nas noites de lua cheia
com os uivo do coisa feia
garrando a fazê uma prece
é que sabe o sentimento
de um penado, seu lamento
da sina de um condenado
que um dia findou coitado.
Só aquele que da fumaça
dos grão de café torrando
se lembra da vó coando
na cozinha lá de casa
do canto das andorinha
ai que saudade que dá
sentado na varandinha
do café, do bolo fubá.
Só aquele que ao tocar
os acorde de uma viola
sabe bem que ela chora
as notas do meu penar
de um tempo da mi'a vida
da minha luta na lida
do sonho que já se foi
no lombo dum velho boi.
Quem não tem essa pureza
caipira no coração
vai ficar na solidão
duma vida sem beleza
o caipira prá não chorar
faz sempre o melhor que dá
prá mó de se conformar,
seu café e seu bolo fubá.
(Giba da viola - 2002)
Dedicado ao Café Fubá,
Oswaldinho e Marisa Vianna)
Só aquele que já trilhou
nas trilha das invernada
nos dia, nas madrugada
sabe o prêmio que ganhou
o ar puro que se respira
no puro sertão caipira
do canto das passarada
os dia, e as alvorada.
Só aquele que estremece
nas noites de lua cheia
com os uivo do coisa feia
garrando a fazê uma prece
é que sabe o sentimento
de um penado, seu lamento
da sina de um condenado
que um dia findou coitado.
Só aquele que da fumaça
dos grão de café torrando
se lembra da vó coando
na cozinha lá de casa
do canto das andorinha
ai que saudade que dá
sentado na varandinha
do café, do bolo fubá.
Só aquele que ao tocar
os acorde de uma viola
sabe bem que ela chora
as notas do meu penar
de um tempo da mi'a vida
da minha luta na lida
do sonho que já se foi
no lombo dum velho boi.
Quem não tem essa pureza
caipira no coração
vai ficar na solidão
duma vida sem beleza
o caipira prá não chorar
faz sempre o melhor que dá
prá mó de se conformar,
seu café e seu bolo fubá.
E prá carma um pouquinho esta saudade, eles (os Viana) vão lá prá bandas do Embú, sempre tocar aquelas moda. Acho que vou copiar também o cafézinho com bolo de Fubá, com a permissão de cumadre Marisa...
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Cachaçaria Armazém Mineiro apresenta:
30/05/08 - Oswaldinho e Marisa Viana
Viela das Lavadeiras, Rua Nossa Senhora do Rosário, nº 40. Embu das Artes
Reservas: 11-74996624 (Eliana) ou 11-81796876 (Giba)
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Cachaçaria Armazém Mineiro apresenta:
30/05/08 - Oswaldinho e Marisa Viana
Viela das Lavadeiras, Rua Nossa Senhora do Rosário, nº 40. Embu das Artes
Reservas: 11-74996624 (Eliana) ou 11-81796876 (Giba)