"Agora sou eu quem sai na cola da Editora-Chefe Fernanda e do Joca!. Sei que não consigo ser tão brilhante quanto eles na descrição da Virada Cultural 2008, mas conto com satisfação minha breve experiência.”
Moradores das regiões mais afastadas que frequentam o centro à trabalho trouxeram os filhos para conhecer; os baladeiros da Vila Olimpia e adjacências no desbravamento de uma nova praia; a fã da Gal que veio do Rio Grande Sul apenas para ver a apresentação e muitos outros de várias partes do Brasil aproveitando a oportunidade para ver artistas e grupos de longa estrada e que se apresentam em ocasiões raras como esta; turistas de outros países maravilhados com o clima de festa. As Associações de Hotéis e Restaurantes estimaram a presença em São Paulo de cento e cincoenta mil visitantes.
Como a organização do evento distribuiu um mapa, dos palcos e dos eventos, grupos se reuniam discutindo as saidas como se estivessem em uma caça ao tesouro.
Curiosas dúvidas:
- “O “meo”, sabe onde é o Viaduto do Chá?
- “ Você está exatamente sobre ele".
Ainda no Viaduto do Chá:
“O Vale do Anhangabau está muito longe”.
- “Você está em cima dele.”
No domingo na Avenida Rio Branco duas simpáticas senhorinhas vestidas para uma festa apontando para o palco:
- “É Quinteto Vióólaado é?”.
A resposta afirmativa deixa-as tranquilas e felizes.
- “São lá da terrinha né?”
Respondem em conjunto:
Para quem apenas sabia "de ouvir falar" foi uma surpresa conhecer a força do pessoal do Teatro Mágico. Oito horas da manhã e o espaço entre a Avenida Ipiranga até o o palco da praça Julio Mesquita completamente tomado por milhares de jovens, muitos vestidos e maquiados como os personagens, cantando todas as músicas.
A Virada é inspirada no evento frances Noites Brancas e que seja para nós um pedaçinho das mudanças e coisas boas que queremos para o nosso Brasil no lema deles de Igualdade, Liberdade e Fraternidade. E ficamos com a poesia do Chico em homenagem à Revolução dos Cravos, para comemorarmos a liberdade dos povos.
Há aqueles que fazem toda a questão e, se sentem na obrigação, de remar contra a maré, dizer coisas que só eles estão vendo e colocando em momento inoportuno ou, fora do contexto ou, desnecesariamente ou, em certos momentos até se tornam chatos, são os “aparecidos” – direito deles, livre expressão e viva a liberdade. Um escreve na Folha que andar pelo centro era desbravar um mar de urina, que os cabeludos estavam mais interessados em dar “gorfadas” nas garrafas de bebidas e depois joga-las pelas ruas, que muitos outros acabaram com o pouco de verde que existia nos jardins e praças. Houve falhas quanto ao dimensionamento dos banheiros químicos (havia filas), alguns atrasos e cancelamentos sem explicação como o da apresentação do Globo da Morte na Praça da República depois de quase uma hora de espera junto com os “motoqueiros” engaiolados na bola. Até a querida amiga Mônica, depois de tres anos na civilizada Suissa, aceitou na boa e sabe que ainda levaremos um tempo ainda para aprender certas atitudes. Como está sempre dizendo o Giba, o da Viola, com a sabedoria dos caipiras: - “Ai também já é procurar pelo em ovo”. O meu amigo Anjo, artista plástico dos domingos da Praça da República, não gostou do palco dos “cabeludos” que, diz ele, espantou a sua tradicional freguesia e sugeriu que deveriam ter colocado ali musicos de chorinho. Ou ele poderia, neste dia, direcionar suas pinturas para o universo rockiano?.
Vamos ao que importa e ao que valeu, com a sabedoria do Rui, o Ícone: - “Tirando as bijouterias foi tudo ótimo” e a festa foi uma oportunidade única das pessoas se conhecerem mais, de se comunicarem mais, de se divertirem mais, de descobrirem o centrão, de conhecerem e participarem mais de outras manifestações artisticas e culturais, de paulistanas natas irem pela primeira vez ao Pátio do Colégio – que a Fernanda não leia isto pois terei de assinar uma carta de advertência. Que oportunidade única para tomar uma cerveja, ou refrigerante, e comer o tira gosto dos bares vizinhos do “perigoso entorno noturno” do Mercadão e do Parque D. Pedro que ficaram abertos toda a madrugada; de passar pela Quinze de Novembro – durante o dia a rua dos sisudos engravatados do mercado financeiro e suas elegantes secretárias - e encontrar uma rave ao som de todos os eletronicos possíveis comandadas por vários DJs e que continuava pelas ruas da Quitanda e Quintino Bocaiuva até o academico Largo São Francisco dos futuros doutores da lei; ouvir música também eletronica em fones de ouvido no Largo São Bento, ao lado da Igreja e do Mosteiro, em completo silêncio para respeitar o sagrado sono dos monge beneditinos.Moradores das regiões mais afastadas que frequentam o centro à trabalho trouxeram os filhos para conhecer; os baladeiros da Vila Olimpia e adjacências no desbravamento de uma nova praia; a fã da Gal que veio do Rio Grande Sul apenas para ver a apresentação e muitos outros de várias partes do Brasil aproveitando a oportunidade para ver artistas e grupos de longa estrada e que se apresentam em ocasiões raras como esta; turistas de outros países maravilhados com o clima de festa. As Associações de Hotéis e Restaurantes estimaram a presença em São Paulo de cento e cincoenta mil visitantes.
Apresentação primeira e única como a dos malucos franceses pintados de azul, rolando enormes tambores azuís, soltando fogos coloridos ao som de um trio elétrico frances em completa interação com o público. Diretores de teatro, atores e atrizes, alguns globais, não perderam a oportunidade. No final do percurso os enormes tambores eram jogados sobre um automóvel velho adesivado com o nome Police. Dizem que a nossa proibiu a segunda saida que seria às tres e meia da manhã.
A Fernanda lembrou dos muitos, mas muitos amigos que a gente encontrou, amigos músicos, cantores, atores, escritores, amigos de copo e de vida. O primeiro encontro, a primeira alegria e surpresa foi com a Kátya Teixeira assistindo a Cesária Évora. Encontro de estrelas é encontro raro e o Joca está ai para confirmar.Como a organização do evento distribuiu um mapa, dos palcos e dos eventos, grupos se reuniam discutindo as saidas como se estivessem em uma caça ao tesouro.
Curiosas dúvidas:
- “O “meo”, sabe onde é o Viaduto do Chá?
- “ Você está exatamente sobre ele".
Ainda no Viaduto do Chá:
“O Vale do Anhangabau está muito longe”.
- “Você está em cima dele.”
No domingo na Avenida Rio Branco duas simpáticas senhorinhas vestidas para uma festa apontando para o palco:
- “É Quinteto Vióólaado é?”.
A resposta afirmativa deixa-as tranquilas e felizes.
- “São lá da terrinha né?”
Respondem em conjunto:
Não só de atividades mundanas vivem as pessoas e a mulher quer saber como faz para chegar até a Avenida São João à procura da igreja de um dos bispos. Indicações prontamente atendidas pela Adriana, a Recifense com mestrado em ruas do Centrão.
Para o melhor desempenho entre todos os palcos é mais do que necessário um bom condicionamento fisico, comprovado pela Letícia com a agilidade incrível dos seus vinte anos e consequencia dos bons ensinamentos da sua Professora de Educação Fisica, pois não dispunhamos dos préstimos do Murzelo Alazão que ensinado, educado e devidamente encilhado marcou ponto nos verdes pastos do Vale do Anhangabau ouvindo o Instrumental Vinte e Quatro Horas e vendo a Ana Botafogo na espera fiel do seu Dono e sua Musa Verdadeira. Cinco horas e a pausa reconfortante e gastronômica no Café da Manhã do Sesc Pompéia. Desta vêz não fui com toda a sede ao pote e não passei vergonha. Acho.Para quem apenas sabia "de ouvir falar" foi uma surpresa conhecer a força do pessoal do Teatro Mágico. Oito horas da manhã e o espaço entre a Avenida Ipiranga até o o palco da praça Julio Mesquita completamente tomado por milhares de jovens, muitos vestidos e maquiados como os personagens, cantando todas as músicas.
A Virada é inspirada no evento frances Noites Brancas e que seja para nós um pedaçinho das mudanças e coisas boas que queremos para o nosso Brasil no lema deles de Igualdade, Liberdade e Fraternidade. E ficamos com a poesia do Chico em homenagem à Revolução dos Cravos, para comemorarmos a liberdade dos povos.
Foi bonita a festa, pá
Fiquei contente
Ainda guardo renitente
um velho cravo para mim
Já murcharam tua festa, pá
Mas certamente
Esqueceram uma semente
n'algum canto de jardim
Sei que há léguas a nos separar
Tanto mar, tanto mar
Sei, também, como é preciso,
Navegar, navegar
Canta primavera, pá
Cá estou carente
Manda novamente
algum cheirinho de alecrim
Fiquei contente
Ainda guardo renitente
um velho cravo para mim
Já murcharam tua festa, pá
Mas certamente
Esqueceram uma semente
n'algum canto de jardim
Sei que há léguas a nos separar
Tanto mar, tanto mar
Sei, também, como é preciso,
Navegar, navegar
Canta primavera, pá
Cá estou carente
Manda novamente
algum cheirinho de alecrim