Circuito Syngenta de Viola Instrumental
chega a São Paulo, com Renato Teixeira
chega a São Paulo, com Renato Teixeira
Levi Ramiro é o anfitrião e recebe ainda Chico Moreira e Sidnei Oliveira;
Evento gratuito acontece dia 15 de julho, às 19 horas, no Teatro Alfa
Ingressos estarão disponíveis para o público na bilheteria a partir das 18 horas
Evento gratuito acontece dia 15 de julho, às 19 horas, no Teatro Alfa
Ingressos estarão disponíveis para o público na bilheteria a partir das 18 horas
De uma porunga grande saem duas violas, muitas notas e sons que trilham causos, remetem às folias, ao cheiro de mato e de chão batido, ao homem do campo e à essência da cultura popular brasileira. Mestre na arte do “fazer”, do “tocar” e do “contar”, o artesão e violeiro Levi Ramiro sobe ao palco do Teatro Alfa como anfitrião, dando continuidade ao Circuito Syngenta de Viola Instrumental. Com ele, três convidados ilustres e também mestres da viola: Renato Teixeira, Chico Moreira e Sidnei Oliveira. Entre uma moda e outra, algumas histórias de grandes sertões e veredas. O show acontece na quarta-feira, dia 15de julho, a partir das 19 horas e é gratuito. Os 1.200 ingressos estarão disponíveis ao público na bilheteria do teatro, uma hora antes do show.
O Circuito Syngenta de Viola Instrumental aporta na capital paulista, depois de ter passado por Vitória (ES) e Paulínia, no interior do Estado. O projeto ainda vai percorrer mais nove municípios, entre julho e novembro de 2009, sempre reunindo grandes nomes do gênero, a convite de Levi Ramiro. Para esta terceira edição, o artesão e violeiro promete alguns clássicos como Tristeza do Jeca (Angelino de Oliveira) e Malandrinho (Tião Carreiro), além de suas próprias composições: Barroquinha, Sete Cores e Vaquejada.
O que o público paulistano pode esperar? “Um show de música instrumental mais descontraído, menos formal, uma verdadeira prosa de viola”, diz Levi Ramiro. O formato mescla música e prosa, com Ramiro como anfitrião, fazendo a “ponte” entre os violeiros e a platéia, através de “causos” e histórias pitorescas envolvendo a música regionalista de raiz. “Falaremos sobre a história de algumas músicas e a ligação do artista com sua terra”, complementa o violeiro.
O público de São Paulo terá o privilégio de conferir Renato Teixeira em versão instrumental. O cantor e compositor, um dos grandes responsáveis pela projeção da cultura caipira em âmbito nacional, passeia pelos clássicos de seu repertório através da viola, potencializando toda a riqueza e musicalidade de canções como Amanheceu, peguei a Viola, Um Violeiro Toca, Romaria, Tocando em Frente, Cuitelinho, Casinha Branca, entre outros. “Meu projeto de vida é dar continuidade ao sonho de divulgar e difundir cada vez mais o espírito do caipirismo valeparaíbano, não pela repetição das velhas formas e sim pelo potencial que esse universo cultural oferece”, diz Renato, que viveu por anos em Taubaté-SP.
O show na capital também abre espaço para os talentos revelados nas duas edições do Prêmio Syngenta de Viola Instrumental. Sidnei Oliveira, vencedor em 2004, apresenta suas próprias composições. Chico Moreira, ganhador da edição de 2005, sobe ao palco no comando do trio Viola, Couro e Voz, formado ainda por Pedro Romão (percussão) e Paulo D´Ávila (viola). Levi Ramiro deve abrir o espetáculo e convocar os outros violeiros para “estabelecer o diálogo”. O show será recheado de improvisos e uma certeza: o gran finale, com todos os músicos na execução de um grande clássico do gênero.
O projeto é uma iniciativa da Syngenta e recebe apoio do Ministério da Cultura, através da Lei Rouanet. São ao todo, 20 shows gratuitos até 2010. A proposta é valorizar a música regionalista e a cultura da viola instrumental, difundindo suas vertentes e dando ao público a oportunidade de assistir a espetáculos que remetem à sua própria identidade. “Nosso objetivo é contribuir para a valorização da viola caipira, do artista compositor e do instrumentista, buscando também prestigiar nosso principal parceiro, que é o homem do campo”, explica o gerente de relações institucionais da Syngenta, Guilherme Landgraf Neto.
Viola: porta voz do homem do campo
De origem ibérica, a viola foi introduzida no país pelos jesuítas e imigrantes portugueses. Estes últimos trouxeram danças, cantos camponeses, as folias de reis e outras manifestações, que foram incorporados à nossa cultura e “naturalizados”, assim como o instrumento, que sofreu evoluções. O pesquisador Alceu Maynard de Araújo, estudioso da cultura popular brasileira e da viola, reproduziu em seus registros, histórias contadas por seu avô, tropeiro entre 1870 e 1918: “ele nunca vira seus peões e camaradas viajarem sem sua viola, quase sempre conduzida dentro de um saco, amarrada à garupa de seu animal vaqueano. Não havia pouso que após o trabalho azafamado do dia, não tocassem antes de dormir o sono reparador.” Do Pantanal ao Rio Grande do Sul, de Minas ao interior de São Paulo, a viola, mais do que proporcionar momentos de lazer e descontração depois de um árduo dia de trabalho, se transformou em uma forma de expressão. Identifica e reproduz a vida do homem do campo.
A viola ganhou a cidade, seus auditórios e rádios a partir de 1910, numa iniciativa do folclorista Cornélio Pires, que promoveu um programa de violas em Tietê e posteriormente organizou um festival em São Paulo. Quase um século depois, a Syngenta reúne um time de exímios violeiros – além de Levi Ramiro, Renato Teixeira, Sidnei de Oliveira e Chico Moreira estão: Fabrício Conde, Ivan Vilela, Paulo Freire, Zeca Collares, Vinícius Alves, entre outros – para percorrer cidades, promovendo a cultura da viola. “O circuito Syngenta, realizado em nível nacional, oferece aos músicos a oportunidade de divulgar seus trabalhos e também permite ao público acompanhar de perto este movimento da nossa música tão carente de espaços e que além de despertar a nostalgia da vida do campo mostra uma grande variedade de estilos, muita sensibilidade, ousadia, poesia, enfim, os antigos e novos caminhos da viola”, diz o violeiro Levi Ramiro.
Caminhos novos e promissores. A viola vive um momento de valorização. A Escola de Comunicações e Artes da USP passou a oferecer em 2009, no campus em São Paulo, bacharelado em viola caipira, sendo uma das variações do curso de graduação em Música. É o único do mundo. A coordenação está a cargo do pesquisador, professor e violeiro, Ivan Vilela, que faz parte do time de atrações do Circuito Syngenta de Viola Instrumental ao longo do ano.
Serviço: Circuito Syngenta de Viola Instrumental:
Show com Renato Teixeira, Levi Ramiro, Sidnei Oliveira e Chico Moreira
Local: Rua Bento Branco de Andrade Filho, 722 São Paulo - SP
Data: quarta-feira, 15 de julho Horário: 19 horas.
Distribuição gratuita e individual de ingressos até a capacidade máxima da casa, de 1.200 lugares.
A bilheteria será aberta uma hora antes do show (18 horas), com retirada de ingressos por ordem de chegada. Outras informações podem ser obtidas no endereço: http://www.circuitosyngentadeviola.com.br
Sobre Renato Teixeira: Nascido em Santos (SP), Renato Teixeira viveu sua infância em Ubatuba e a adolescência em Taubaté, interior do Estado. A música já fazia parte de seu dia-a-dia. Todos da família tocavam instrumentos. Até pensou em ser arquiteto, mas segundo ele, a música não lhe deixou espaços. No final dos anos 60 foi para São Paulo por indicação de Luiz Consorte que colocou uma fita com suas músicas nas mãos de seu tio, Renato Consorte. Este a enviou para Walter Silva, grande promotor de novos artistas e um homem muito conhecido nos meios de comunicação. As portas se abriram e, logo estava no Festival da Record de 67. Concorreu com a música Dadá Maria, defendida por Gal Costa, também em início de carreira, e por Silvio César. Renato sempre procurou conhecer a nossa história musical, ouvindo todas as canções e todos os gêneros, do samba à música caipira. No início dos anos 70 foi atuar no mercado publicitário, fazendo jingles. Criou sucessos como o do Ortopé, do Rodabaleiro e do Drops Kids Hortelã. Naquela época já tinha se identificado totalmente com a música caipira. Participou efetivamente da Coleção Música Popular Centro Oeste/Sudeste de Marcos Pereira onde gravou algumas canções; entre elas: "Moreninha Se Eu Te Pedisse ". Em parceria com Sérgio Mineiro, criou o Grupo Água. Ali, conseguiu assimilar o espírito da cultura caipira e projetá-la de uma forma contemporânea para todo o Brasil. Sua carreira ganhou novos rumos quando Elis Regina gravou a música Romaria, acompanhada pelo grupo Água. Foi um grande sucesso, criando espaço para que a música do interior paulista invadisse o mercado. A parceria com Almir Sater também é um marco. Ambos compuseram alguns sucessos como Um Violeiro Toca e Tocando Em Frente. Outra parceria importante foi com a dupla Pena Branca e Xavantinho, verdadeiros representantes da cultura caipira. Para mais informações: www.renatoteixeira.com.br
Sobre Levi Ramiro: Natural de Uru (SP), hoje residente em Pirajuí, o violeiro e artesão tem sua trajetória marcada inicialmente pelo violão que o acompanhou nas primeiras composições e nos primeiros festivais. A partir de 1995, adotou a viola como principal instrumento, absorvendo seu universo cultural que veio de encontro com suas raízes, motivo pelo qual ampliou sua produção musical, tanto na arte de tocar como na de fabricar o instrumento. Com base nos valores da cultura caipira e misturando elementos que formam nossa Música Brasileira, Levi Ramiro celebra em suas composições, a poesia e a simplicidade da vida interiorana. Vem apresentando-se desde 1997, em vários espaços culturais, divulgando também seu trabalho como artesão. Trabalhou como músico instrumentista na gravação de CDs: “Eu plural” (Tribo terra), “Vida de vaqueiro” (Geraldo do Norte), “Razão da raça rústica” (Matuto moderno), “Folias do Brasil” (Dércio Marques), entre outros. Ministrou várias oficinas de fabricação e toque de viola pelo Brasil. Em 2004, participou do primeiro grande Festival de Música Instrumental para Viola, promovido pela Syngenta e a Direção Cultura, ficando entre os 16 finalistas. Para mais informações: http://www.leviramiro.hpg.ig.com.br/
Sobre Chico Moreira: Chico Moreira, 62 anos, é compositor e arranjador. Formado em música, executa vários instrumentos de corda e sopro. Antes da formação do COURO, VIOLA e VOZ, criou em 1974, em parceria com o compositor Alberto Chicayban, o Grupo Maria Deia com o qual atuou durante quase dez anos como arranjador e músico, percorrendo todo o Brasil e o exterior. Dirigiu vários quartetos vocais, atuando também como diretor musical de peças teatrais, compositor de trilhas sonoras para TV e pesquisador do folclore brasileiro, especialmente o nordestino. Integrou como contrabaixista, a primeira formação da Orquestra Jovem da O.S.B. (Orquestra Sinfônica Brasileira). Com extensa atividade fonográfica, gravou com artistas como Ivan Lins, Sergio Ricardo, Elton Medeiros e Dercio Marques. Como executante de viola caipira brasileira vem, nos últimos vinte anos, realizando trabalhos abordando este instrumento em suas diversas afinações, tendo ainda sobre este tema produzido vários espetáculos e palestras com objetivos educacionais. Em outubro de 2005 participa como convidado do III Encontro Nacional de Violeiros, em Ribeirão Preto-SP. Em novembro de 2005, venceu o II Prêmio Syngenta de Música Instrumental de Viola, no qual concorreram 158 violeiros de todo o Brasil. Ultimamente também dedica-se à pesquisa das formas de interpretação das músicas regionais brasileira e portuguesa, paralelamente às atividades como instrumentista, arranjador, conferencista, produtor de discos e de espetáculos musicais. No COURO, VIOLA e VOZ toca viola caipira, contrabaixo e vários instrumentos de cordas e sopro, atuando também como cantor.
Sobre Sidnei Oliveira: Sidnei de Oliveira, 28 anos, músico e compositor instrumentista. Natural de São Francisco de Paula – RS, aluno de graduação em Filosofia pela UNIFRAN e música pela USP-RP. Foi Vencedor do Prêmio Syngenta de Música Instrumental de Viola de 2004.Realizou show em vários locais e estados do Brasil e apresentou seu trabalho no exterior: Basel – Suíça e Punta Del Este – Uruguai.Atualmente desenvolve o projeto de Gravação aprovado pela Lei Rouanet do seu primeiro CD instrumental intitulado SENTIMENTOS, onde apresentará composições próprias com arranjos para quinteto de cordas, flauta, harmônica, percussão e outros instrumentos, com participação de músicos do Rio Grande do Sul, entre eles o Gaitista de renome internacional Renato Borghetti. Hoje mora em São Paulo – SP e leciona aulas particulares de viola de 10 cordas, juntamente com a cantora Lenara Abreu de Mattos forma o DUO TAIHU, um projeto de pesquisa e resgate com música erudita e popular adaptando e transcrevendo peças de piano e orquestra para viola de 10 cordas e voz.
Sobre a Syngenta: A Syngenta é uma das maiores empresas do mundo, com mais de 24.000 funcionários em 90 países dedicados ao propósito de trazer o potencial das plantas para a vida. Por meio de sua destacada atividade científica, alcance global e o compromisso com seus clientes, a empresa ajuda a aumentar a produtividade dos cultivos, proteger o meio ambiente e melhorar a saúde e a qualidade de vida. Para mais informações: www.syngenta.com.br
[Release enviado por Ana Cláudia de Siqueira]