No bairro da Saúde a Escola Estadual Érico de Abreu Sodré que tem entre seus alunos alguns especiais, com dificuldades de aprendizagem e outras síndromes procurou um projeto educacional diferente para elas. Instalou um horta e um galinheiro objetivando despertar a auto estima, dar uma oportunidade de cuidar dos animais e das plantas e sentirem-se uteis. As cerca de trinta aves, galinhas, pintinhos e...dois galos: o João e o Virgulino estão ajudando, e bastante, no aprendizado e relacionamento das crianças.
Como é da natureza dos galos eles são madrugadores, funcionam como um relógio ao acordar no mesmo horário toda madrugada, mantendo o hábito de cantar “a plenos pulmões” anunciando um novo dia. E como sempre o que agrada a uns desagrada a outros, alguns dos vizinhos sentiram-se incomodados com o alegre despertar dos galos. Um deles lançou um manifesto “não permita que o galo faça cocoricó na sua orelha” e saiu a cata de assinaturas. Um outro morador disse que seus filhos acordam e não conseguem mais dormir pois “imaginam que a gritaria vem de algum monstro”. Leiam que ele disse “gritaria” em um enorme desprezo ao mavioso canto. Que oportunidade está sendo perdida pelos pais para ensinar, para tirar os filhos de dentro de casa e participar do projeto. Grande parte das crianças das cidades nunca viram uma galinha, uma vaca e tem mesmo é que ficarem assustadas. Será que mudaram a letra da canção de ninar e cantam para os filhos (ainda existe este cerimonial?): nana, neném,que o galo vem pegar, papai tá na roça, mamãe foi cozinhar ?.
Para quem é caipira é um prazer enorme poder ouvir o canto do galo e, mesmo nas cidades do interior isto não é mais possível, já não existem os galinheiros nas residências, dá trabalho, os vizinhos também reclamam e ovos e frangos congelados estão à venda em mercadinhos e quitandas. “Há sempre uma perto de você”.
Talvez uma Assessoria de Imagem e Marketing (não a da Uniban) possa ser útil ao João e ao Virgulino e, quem sabe, criar um nome artístico, pois cantam de graça, por prazer, pelo dom que a natureza lhes deu. Aquela cantora que cobra caro e, como não canta de madrugada fere os ouvidos em outras horas, já usa um galo no nome. Galo da Madrugada é um bloco de carnaval famoso em Olinda e não pode ser usado; Seu Galo pode parecer uma homenagem ao Seu Jorge; Só Galo fica muito restritivo; São Galo pode parecer que é competição desonesta num país de bispos, apóstolos, apóstolas e profetizas e onde já existe a San Galo. Sei não.
Mas como sempre o que desagrada a uns agrada a outros, alguns dos vizinhos não sentiram-se incomodados com o alegre despertar dos galos e criaram a campanha “Fique João, Fique Virgulino”. Está aberta a temporada de catar assinaturas pró e contra. A Diretoria da Escola pensa em um plebiscito, uma consulta popular para decidir o futuro do galinheiro e a paz voltar ao terreiro. Já penso em tornar-me um morador, mesmo que temporário, daquelas bandas e “vestir a camisa da luta” pela permanência do João e do Virgulino. Aliás, é bom que se escreva, estou sentindo um certo acomodamento do Virgulino, está muito quietinho, talvez mineiramente arregimentando “ galos cabras” para a resistência. Não pode negar o nome do Grande Capitão Virgulino.
Ah!, as crianças não foram consultadas. Elas estão muito felizes, ao lado do benefiício de aprendizagem e relacionamento, com a convivência amistosa com as aves.
Como é da natureza dos galos eles são madrugadores, funcionam como um relógio ao acordar no mesmo horário toda madrugada, mantendo o hábito de cantar “a plenos pulmões” anunciando um novo dia. E como sempre o que agrada a uns desagrada a outros, alguns dos vizinhos sentiram-se incomodados com o alegre despertar dos galos. Um deles lançou um manifesto “não permita que o galo faça cocoricó na sua orelha” e saiu a cata de assinaturas. Um outro morador disse que seus filhos acordam e não conseguem mais dormir pois “imaginam que a gritaria vem de algum monstro”. Leiam que ele disse “gritaria” em um enorme desprezo ao mavioso canto. Que oportunidade está sendo perdida pelos pais para ensinar, para tirar os filhos de dentro de casa e participar do projeto. Grande parte das crianças das cidades nunca viram uma galinha, uma vaca e tem mesmo é que ficarem assustadas. Será que mudaram a letra da canção de ninar e cantam para os filhos (ainda existe este cerimonial?): nana, neném,que o galo vem pegar, papai tá na roça, mamãe foi cozinhar ?.
Para quem é caipira é um prazer enorme poder ouvir o canto do galo e, mesmo nas cidades do interior isto não é mais possível, já não existem os galinheiros nas residências, dá trabalho, os vizinhos também reclamam e ovos e frangos congelados estão à venda em mercadinhos e quitandas. “Há sempre uma perto de você”.
Talvez uma Assessoria de Imagem e Marketing (não a da Uniban) possa ser útil ao João e ao Virgulino e, quem sabe, criar um nome artístico, pois cantam de graça, por prazer, pelo dom que a natureza lhes deu. Aquela cantora que cobra caro e, como não canta de madrugada fere os ouvidos em outras horas, já usa um galo no nome. Galo da Madrugada é um bloco de carnaval famoso em Olinda e não pode ser usado; Seu Galo pode parecer uma homenagem ao Seu Jorge; Só Galo fica muito restritivo; São Galo pode parecer que é competição desonesta num país de bispos, apóstolos, apóstolas e profetizas e onde já existe a San Galo. Sei não.
Mas como sempre o que desagrada a uns agrada a outros, alguns dos vizinhos não sentiram-se incomodados com o alegre despertar dos galos e criaram a campanha “Fique João, Fique Virgulino”. Está aberta a temporada de catar assinaturas pró e contra. A Diretoria da Escola pensa em um plebiscito, uma consulta popular para decidir o futuro do galinheiro e a paz voltar ao terreiro. Já penso em tornar-me um morador, mesmo que temporário, daquelas bandas e “vestir a camisa da luta” pela permanência do João e do Virgulino. Aliás, é bom que se escreva, estou sentindo um certo acomodamento do Virgulino, está muito quietinho, talvez mineiramente arregimentando “ galos cabras” para a resistência. Não pode negar o nome do Grande Capitão Virgulino.
Ah!, as crianças não foram consultadas. Elas estão muito felizes, ao lado do benefiício de aprendizagem e relacionamento, com a convivência amistosa com as aves.