Nas andanças por estas terras, ou asfaltos, paulistanos ficamos íntimo das alegrias e dos dramas, das vitórias e das derrotas das pessoas. É impossível deixar de ouvir as conversas até porque é melhor ouvir do que ser surdo, receita o antigo "dito" popular e muitas vezes falam alto, acostumadas ao barulho da cidade, fones nos ouvido, televisão, aparelhos de som em alto volume. Nos balcões, pontos de onibus, dentro deles e, a depender do tempo que o onibus fica parado no trânsito, suficiente para uma verdadeira novela das oito.
Dia desses um dos assuntos em pauta, durante o percurso do onibus 669-Terminal Santo Amaro, versava sobre qual seria o segredo do Gerson e de início imaginei ser um amigo pessoal das duas jovens senhoras tal a familiaridade com que citavam o hitchcockiano personagem. Fiquei mais atento quando duas outras em pé no corredor entraram na conversa com a mesma familiaridade. Quando ouvi o nome do "discutido" lembrei logo do grande craque Gérson, tri-campeão mundial, que ficou mais conhecido como criador da Lei do Gerson, a de levar vantagem em tudo. Gerson fez comercial de cigarros em que dizia que levar vantagem quem escolhesse a tal marca. Dizem os seus biógrafos que ele se arrepende até hoje deste comercial. Lembrei-me também do meu amigo Gérson, lá das bandas de Paraguaçu Paulista, que valoriza as notas de dinheiro pela cor. Entre uma decinco reais e uma de cem prefere a de cinco. Em uma oportunidade rasgou, no sentido de cortar ao meio, uma nota de cem dizendo que era falsa. Quem é louco não rasga dinheiro, sei lá.
No onibus o clima era de apostas e as opiniões eram que o Gerson pode ser um pedófilo, um assassino que guarda as fotos das pessoas mortas, um colecionador de fotos pornográficas e filmes ídem, agente secreto, um gay. Fiquei sabendo que guarda o segredo em um computador e que quase bateu na mulher quando ela, depois da lua de mel, resolveu fazer uma arrumação no quarto. O Gerson, o jogador e depois comentarista de futebol, não passava esta imagem de truculência e segredos terríveis, penso eu, e seria uma jogada de marketing para um novo comercial. Prestes a pagar o maior mico, queria saber o que estava acontendo, fui salvo por um mais apressado que perguntou que negócio é esse de segredo. Livrei-me por pouco de ser "fuzilado" por olhares superiores e ao mesmo tempo benevolentes. Uma delas explicou a ele, e a mim indiretamente, que Gérson é da novela das oito que tem um segredo que só será desfeito no final.
Julgava-me ser relativamente bem informado e estou revendo os meus conceitos e as formas de melhor se informar. Vejo chamadas em capas das revistas: Luan, a nova paixão nacional; Fiuk canta e encanta o Brasil. Outras trazem fotos e nomes de ex bbbs, mulheres frutas e eu completamente alienado. Anos passados, muitos, havia a revista Manchete que em uma edição cinha na capa um casal de noivos e a chamada: "o casamento que emocionou o país". Ela era apresentadora da TV Manchete e ele presidente do Comitê Olimpico, ainda hoje está no comando. Que país é este que se emocionou cara pálida? e as Manchetes, televisão e revista, na época já estavam em decadência.
Estou tranquilo, não vou mudar os meus conceitos, tenho a mais consciente certeza que sou mais bem informado e nada alienado. Afinal conheço a cantora Kátya Teixeira, a escritora Fernanda de Aragão e muitos mais, muitos.
Dia desses um dos assuntos em pauta, durante o percurso do onibus 669-Terminal Santo Amaro, versava sobre qual seria o segredo do Gerson e de início imaginei ser um amigo pessoal das duas jovens senhoras tal a familiaridade com que citavam o hitchcockiano personagem. Fiquei mais atento quando duas outras em pé no corredor entraram na conversa com a mesma familiaridade. Quando ouvi o nome do "discutido" lembrei logo do grande craque Gérson, tri-campeão mundial, que ficou mais conhecido como criador da Lei do Gerson, a de levar vantagem em tudo. Gerson fez comercial de cigarros em que dizia que levar vantagem quem escolhesse a tal marca. Dizem os seus biógrafos que ele se arrepende até hoje deste comercial. Lembrei-me também do meu amigo Gérson, lá das bandas de Paraguaçu Paulista, que valoriza as notas de dinheiro pela cor. Entre uma decinco reais e uma de cem prefere a de cinco. Em uma oportunidade rasgou, no sentido de cortar ao meio, uma nota de cem dizendo que era falsa. Quem é louco não rasga dinheiro, sei lá.
No onibus o clima era de apostas e as opiniões eram que o Gerson pode ser um pedófilo, um assassino que guarda as fotos das pessoas mortas, um colecionador de fotos pornográficas e filmes ídem, agente secreto, um gay. Fiquei sabendo que guarda o segredo em um computador e que quase bateu na mulher quando ela, depois da lua de mel, resolveu fazer uma arrumação no quarto. O Gerson, o jogador e depois comentarista de futebol, não passava esta imagem de truculência e segredos terríveis, penso eu, e seria uma jogada de marketing para um novo comercial. Prestes a pagar o maior mico, queria saber o que estava acontendo, fui salvo por um mais apressado que perguntou que negócio é esse de segredo. Livrei-me por pouco de ser "fuzilado" por olhares superiores e ao mesmo tempo benevolentes. Uma delas explicou a ele, e a mim indiretamente, que Gérson é da novela das oito que tem um segredo que só será desfeito no final.
Julgava-me ser relativamente bem informado e estou revendo os meus conceitos e as formas de melhor se informar. Vejo chamadas em capas das revistas: Luan, a nova paixão nacional; Fiuk canta e encanta o Brasil. Outras trazem fotos e nomes de ex bbbs, mulheres frutas e eu completamente alienado. Anos passados, muitos, havia a revista Manchete que em uma edição cinha na capa um casal de noivos e a chamada: "o casamento que emocionou o país". Ela era apresentadora da TV Manchete e ele presidente do Comitê Olimpico, ainda hoje está no comando. Que país é este que se emocionou cara pálida? e as Manchetes, televisão e revista, na época já estavam em decadência.
Estou tranquilo, não vou mudar os meus conceitos, tenho a mais consciente certeza que sou mais bem informado e nada alienado. Afinal conheço a cantora Kátya Teixeira, a escritora Fernanda de Aragão e muitos mais, muitos.