Adalbertolândia, fotos via flickr
Foi no site do Expedição Metrópole que encontrei essa matéria aqui colada, desse parquinho criado e mantido pelo Sr. Adalberto, em Perdizes, tem mais de 40 anos. Estou abrindo expedição com o pessoal aqui do Ser-Tão. Vamos lá? Clap, clap para o sr Adalberto!
Na esquina das ruas Plinio de Morais e Professor Paulino Longo,
em Perdizes, zona oeste da capital, um senhor de boné branco chama a
atenção pela maneira cuidadosa como cuida da lixeira de um parquinho, um
espaço para recreação de crianças. Chave de fenda à mão, o professor e
publicitário aposentado Adalberto Costa de Campos Bueno, quase 85 anos,
está prendendo a tampa da lixeira num suporte de madeira. A escada ao
lado espera sua vez para apoiar uma troca do letreiro que remetia ao Dia
dos Pais. Desde 1969, quando construiu os primeiros brinquedos
da ”Adalbertolândia”, o mundo de fantasia erguido num terreno particular
de 300 metros quadrados é feito dessa forma, manual e artesanalmente,
uma lição de cuidado que realimenta o dia a dia do mentor do parquinho.
Nesta quarta-feira, dia 17, Adalberto fez uma pausa na manutenção do
espaço para abrir o portão para a Expedição Metrópole. Durante a semana,
ele aperta um parafuso aqui, prega uma placa acolá, cria uma decoração
para uma data comemorativa que está por vir etc. No final de semana,
abre as portas para a diversão das crianças do bairro – o parquinho tem
um carrossel, pequenas trilhas e algumas “surpresas” escondidas em meio
às arvores. Ao longo dos 42 anos, cerca de 6 mil crianças já devem ter
passado pelo espaço, calcula o aposentado.
A entrada é, e sempre foi, de graça e o mentor da Adalbertolândia
gosta de deixar isso claro a todos que o procuram. Nos princípios do
parquinho, grafados numa tábua singela, mensagens de um irremediável
cidadão “otimista”, como ele mesmo se define.
“Um pai disse que esse parquinho é carregado de energia positiva. Eu
me recarrego dela. Por isso estou bem assim”, diz o aposentado, que
comemora oito décadas e meia de vida no próximo domingo.