Depois de iniciativas que
promovem a ocupação da região central da cidade de São Paulo, grupos
independentes se organizam para realizar um grande arraial junino no coração da
metrópole.
Embalados pelo lema "as ruas
são para dançar", um grupo de moradores e apaixonados pelo centro de São
Paulo se reuniu para realizar, de forma independente e colaborativa, a 1ª Festa
Junina no Minhocão. No dia 1º de julho, domingo, das 12h às 20h, o viaduto que
corta o coração da cidade será palco de um lindo arraial junino, com direito ao
maior túnel junino do mundo!
A festividade, porém, já ocupa o
espaço durante este mês de junho para elaborar os preparativos para o grande
dia. Todos os domingos de junho, a partir das 12h, no pedaço do Minhocão em
frente à praça Marechal Deodoro, os colaboradores se reúnem para produzir as
bandeirinhas, promover oficinas de reaproveitamento de material, organizar os
próximos passos e formar a rede de interessados em ocupar o centro de São Paulo
com atividades culturais.
A Festa Junina contará com
oficinas de arte para crianças e adolescentes e ao longo de todo o domingo terá
brincadeiras típicas, apresentações de grupos folclóricos, teatro de rua,
palhaços matutos, contação de história valorizando a cultura junina brasileira,
forró pé de serra, sambada de cocô e muito mais.
Embora o grupo esteja empenhado
na organização de todo o evento, as comidas ficarão por conta dos
participantes. A ideia é realizar um piquenique coletivo em que cada
participante traga um prato típico. Essa é a maneira que encontraram de exaltar
a colaboratividade e levar também aos participantes a responsabilidade de fazer
a festa acontecer.
Esta primeira edição terá como
foco o centenário de nascimento de Luiz Gonzaga, mas também haverá projeções de
arte digital, trios de forró e uma releitura junina da festa alternativa
"Gente que Transa".
O grupo está recolhendo propostas
para atividades e de colaboradores até o dia 15 de junho. Os interessados podem
preencher o formulário aqui (https://docs.google.com/spreadsheet/viewform?formkey=dEpyN29ka3dWeXFhcmlUZGVMTUtVc1E6MQ).
A ideia é que estes projetos submetidos até essa data sejam realizados com
colaboração da verba arrecadada pelo financiamento coletivo no Catarse
(http://catarse.me/pt/projects/724-festa-junina-no-minhocao), que ficará no ar
até o dia 21 de junho.
Em menos de duas semanas de
divulgação apenas nas redes sociais, mais de 2.500 pessoas já confirmaram
presença pelo evento criado no Facebook (http://www.facebook.com/events/417850688235833/),
além de outras 13 mil convidadas para o arraial. Graças a esses números,
espera-se organizar o maior túnel junino do mundo, que ocupará a extensão do
Minhocão.
Para ajudar na arrecadação e
divulgação, no dia 24 de junho (das 13h às 20h), dia de São João, haverá uma
edição especial do já tradicional Samba na Casa do Gato
(http://www.facebook.com/sambanacasadogato), que ocupa uma vila italiana na
Barra Funda com samba-choro, comidas típicas e degustação de cachaças. A
entrada é R$ 5 e há venda de comida e bebidas.
Para maiores informações, visite:
https://www.facebook.com/events/417850688235833/
Contato:
festajuninaminhocao@googlegroups.com
Ana Luisa Medeiros- 7309 0224
Grasi Drumond - 8383 0211
Jean-Pierre Gingold - 6040 0312
Samira Rodrigues - 7034 9603
Sobre a Festa Junina: a ideia
surgiu no grupo do movimento BaixoCentro no Facebook. Depois de algumas
discussões, o número de interessados cresceu, criou seu próprio espaço e, hoje,
organiza as atividades por meio de um grupo de e-mail com mais de 70 membros,
além de encontros presenciais.
Sobre o BaixoCentro: O
BaixoCentro é um festival de rua colaborativo, horizontal, independente e
autogestionado realizado por uma rede aberta de produtor@s interessad@s em
ressignificar a região da capital de São Paulo em torno do Minhocão, que
compreende os bairros de Santa Cecília, Vila Buarque, Campos Elísios, Barra
Funda e Luz. Com o mote "as ruas são pra dançar", busca estimular a
apropriação do espaço público pelo público a quem, de fato, pertence, motivando
uma maior interação das pessoas com seus locais de passagem, trabalho ou
moradia cotidianos.