"Hoje é sábado, amanhã é domingo
Amanhã não gosta de ver ninguém bem
Hoje é que é o dia do presente
O dia é sábado.
Impossível fugir a essa dura realidade
Neste momento todos os bares estão repletos de homens vazios
Todos os namorados estão de mãos entrelaçadas
Todos os maridos estão funcionando regularmente
Todas as mulheres estão atentas
Porque hoje é sábado."
Vinicius de Moraes
E porque é um "sábado gordo" com Kátya Teixeira e Deo Lopes, infelizmente em lugares diferentes e na mesma hora, que é preciso de "...
bola de cristal, jogo de búzios, cartomante eu sempre perguntei o que
será o amanhã?, como vai ser o meu destino?, já desfolhei o
mal-me-quer..." e qualquer que for a escolha sei que "... vai chegando o
amanhecer, leio a mensagem zodiacal e o realejo diz que eu serei
feliz, sempre feliz...".
Nas palavras do poeta e escritor Joca Ramiro, titular absoluto aqui
no Ser Tão Paulistano, das definitivas escritas descritivas dos nosssos
artistas "teremos canto para todo canto no ser-tão! com a
Kátya Teixeira que se situa no cenário da MPB atual como "independente"
e
nenhuma outra designação lhe cabe tão bem: sem ceder aos modismos, sem
abrir mão daquilo que realmente acredita, ela segue uma trajetória
coerente. Assim é Katya Teixeira, diferente e entretanto, na confluencia
dos caminhos de nossa música brasileira. A música tocada e cantada por
ela utiliza recursos da literatura,
tradição oral, ritmos e harmonias variadas e recursos cênicos,
favorecida por sua presença vibrante e marcante, entretanto,
equilibrada e dosada nas danças e cirandas improvisadas, contagiando e
convidando o público a participar. Juntando ao timbre peculiar de sua
voz, faz surgir de toda essa mescla algo completamente novo e original,
quiçá prodigalizando o sonho do professor Darci Ribeiro, que via no
povo brasileiro o potencial de uma Nova Roma”.
A Kátya Teixeira se apresenta na Casa dos Cordéis, na cidade de Guarulhos, neste sábado dia 18 de agosto às 20 horas.
Continua o Joca: "o cantador
Deo Lopes volta ao Bar do Frango, sábado, 18/08, a partir das 21 horas, entrada
franca e de brinde a simpatia do Tatau e certeza de boa companhia, pois lá é
lugar de gente bonita. E para culminar, a certeza de estar participando da história viva da musica brasileira. Deo Lopes é
daqueles artistas para ouvidos selecionados, por isso combina tão bem com o Bar
do Frango, lugar para poucos privilegiados.
Há mais de três décadas, sua voz cristalina e inconfundível, seu violão elegante, desfilam canções de
amor, que falam da natureza, de esperança, de alegria. Desde 1998 mantém
parceria com o Grupo Trem da Viração, do Vale da Paraíba, de forte sotaque
regionalista, impregnado de elementos rítmicos e melódicos da cultura popular - catira, maxixe, batuque, pagode sertanejo,
marchinha, congada, xote e baião – e alusões a personagens e fatos do passado e
do presente na vida cabocla, como Zé Quintino, Zé Monteiro, Monteiro Lobato,
Saci Pererê, a inigualável confusão provocada pelo “Ford Bigode”, o primeiro
carro a chegar a cidade de Monteiro Lobato. Autor, entre outros, dos clássicos
da musica chamada independente, “Canção Pra Porto Seguro” e “Eterno Menino”.
Neste sábado, dia dezoito de agosto, vinte e uma horas. O bar do
Frango é logo ali na Zona Leste, avenida São Lucas, 479, travessa da
Avenida do Oratório, altura do nº 2300 ou da avenida Anhaia Melo, altura do 5000. Sem couvert artístico.
Começamos com o Poetinha e encerramos com o filósofo Sérgio Turcão, que faz dupla com o outro filósofo Jica: "quem não puder ir, pelo menos compareça".