No sábado de manhã a Cláudia liga perguntando se poderia ajudar a levar a Bady ao veterinário. Ajuda "tipo assim" cuidar para se comportar dentro do carro, não saltar sobre a motorista e não sair em disparada pelas ruas quando a porta abrir.
O consultório com recepcionista, humana, no atendimento inicial e cães aguardando a consulta acompanhados pelos donos e donas. A primeira pergunta da veterinária é "menino ou menina?" e depois o nome da paciente que é colocada em uma mesa sob o olhar preocupado da "mamãe" Cláudia. A jovem veterinária ao primeiro contato percebeu o inchaço nas mamas da Bady, o motivo da consulta, e com algumas perguntas à Cláudia e toques com as mãos definiu e decidiu o tratamento, operação, prescrevendo antes a necessidade de exames de sangue e sonografia para poder analisar o procedimento na hora da operação e marcar a data. Passou receita de antibióticos com a recomendação de imediato uso pela Bady.
Na sequência até o laboratório para providenciar os exames de sangue e sonografia. Modernas instalações, ambiente tranquilo, funcionários uniformizados, jovens, atenciosos e educados. Com a ficha do paciente na mão chamam pelo nome, do paciente, na hora de levar para a sala de exames. Cães de todos os tamanhos, cores, caras e bocas comportam-se "civilizadamente", sem latir ou rosnar na presença dos outros. Parecem sentir que o momento não é de festa ou de marcar território. Os "papais" e as "mamães" se interessam pela doença do animal do vizinho, trocam informações de remédios, veterinários e outros cuidados.
O Brasil é o segundo maior mercado mundial em serviços e produtos para os pets, como são chamados os cães e gatos, com o valor estimado para este ano de doze bilhões de reais. As lojas apostam em vários tipos de atendimento e serviços e vale oferecer banhos com essências que acalmam, de ofurô, recreação durante o dia com brinquedos, piscina e sala de ginástica com esteiras, enquanto os "pais" trabalham, além de hidratação, clareamento e tintura dos pelos. "Pet motel" com sala para acasalamento e dotada de colchão vermelho, iluminação especial e espelho no teto são as instalações para atender ao que no popular era antes chamado de "levar para cruzar". Consultorias especializadas garantem que os investimentos continuarão com novos serviços e o mercado ficando mais competitivo e movimentando "mais" bilhões.
Ah! a Bady, foi operada na mesma semana, liberada em seguida e em poucas horas já estava saltitante, lépida e faceira. Como toda boa adolescente aproveitava os momentos de convalescência para exigir uma atenção maior da Claudia, da também "mamãe" Kátya e do também "papai" André. Para desespero da Makeba, a outra "petzinha, que não entendia tanta paparicação.
Pets adotados e criados por artistas recebem nomes apropriados. A Bady, Bady Assad e a Makeba, Miriam Makeba.