Vinte e cinco de março, 637, esquina com a Ladeira Porto Geral. Homem e mulher estátuas; cabine
da policia militar; barraca de bijuterias; barraca de blusas, bolsas e bandanas iguais à da
mocinha global da novela das seis; barraca de bolsas Hermes, Louis Vuitton; vendedor de água; barraca de roupas e camas para cachorro; demonstradora e passa nas cacundas das pessoas maquinas manuais de massagem; barraca de bijuterias, mais uma; garota ofertando estojo de maquiagem; parada obrigatória porque duas mulheres param
repentinamente para analisar os produtos da, mais uma, barraca de bolsas; rapaz oferecendo relógios
de marca; chinesa, ou coreana? empurrando carrinho de criança com a maior
habilidade no meio da multidão; mulher, politicamente incorreto?, gorda
carregando sacolas, enormes, do
Armarinho Fernando; mais uma massageada
na cacunda com outro modelo de massageador; mulher oferecendo e demonstrando o
funcionamento de uma mini maquininha de costura; rapaz oferecendo pen-drive; rapazes oferecendo água, água mineral gelada; oferta de chocolate suflair (três por cinco reais); casal, com jeito de ser do interior, com
enormes malas de rodinhas, segurando a mão de casal de crianças; pintor que,
sentado na calçada, desenha paisagens em pratos e ladrilhos espalhando diversas cores de tintas e terminando
o desenho com os dedos; esquina com a rua da Constituição; cantor de musicas
religiosas, fala de Deus entre uma e outra e uma caixinha para, quem gostar,
colocar um dinheirinho em papel ou em moeda;
jovens oferecendo água, água mineral
gelada; jovens com um pequeno cartaz com fotos de tênis de marca; jovens que
oferecem camisetas a “dez real”; pintor,
também sentado na calçada, que oferece quadros de pintura feitos com areia,
aquelas que quando vira de posição as areias se movimentam; mais uma massageada, com o massageador, na cacunda; moços, senhoras oferecendo depilador de orelha e nariz; oferta de calças jeans; gringo gosta de um dos desenhos feito nos
pratos, pergunta quanto em inglês, o artista fala que é “deis real” e o negócio é
fechado; oferta de pen drive; barraca com mochilas; oferta de camisetas de
marca. oferta de relógio e celular, barraca de vestidos que as atrizes usam nas novelas; menina oferecendo aparelhinho que tira pelo e
bolinhas de roupa; mulher oferecendo caixas
com perfumes de marca; rapaz com uma certa timidez oferecendo óculos de sol;
artista oferecendo gravação de nomes em grãos de arroz; solitário vendedor de
carregador de celular; policia recolhe material de um camelô; artista com serra
de arco recorta e pinta na hora nomes;
barraca com calcinhas, sutians, biquínis
e cuecas; mulher com sacola de jeans, que tem quase a mesma medida de sua
altura e pendurada no ombro; peruano, ou boliviano? carregando enormes caixas de
papelão com carrinho de mão; barraca com tocas e chales peruanos, ou bolivianos?; gringos e gringas loiros e loiras ( alemães, suecos, americanos?),
com enormes mochilas nas costas; grupos de brasileiros de outros estados;
oferta de água; mais oferta de camisetas e jeans; mais oferta de depilador de
orelha e ouvido; barraca de bonecos de panos e outros brinquedos; mais oferta
de camisetas; barraca de luvas e mochilas; barraca de roupas e acessórios para
cachorros; demonstração do aparelho que faz bolhas de espuma; ambulância do
SAMU vindo na contramão recolher um
jovem com o pé, dizem quebrado, e já enfaixado por dois bombeiros que chegaram
antes em motos;
solidariedade humana, pronto atendimento eficiente e atencioso dos
médicos, enfermeiros e bombeiros; barraca de cintos, bolsas e carteiras; um
casal de jovens demonstra o novo jogo chamado de bateu colou: um joga uma bola
e o outro com uma espécie de raquete atrai a bola que, cola na raquete; mais uma massageada, com o massageador, na
cacunda; senhor de uma certa idade oferecendo pen-drive; turistas sorridentes tirando fotos; jovens oferecendo água; cabina da policia; do outro lado mais um cantor
com temas religiosos e com a caixinha para as moedas. Vinte e cinco de março, 1031, esquina com a Carlos de Souza Nazareth,
Só de um lado da vinte e
cinco, só na calçada e sem olhar para as lojas.