José Domingos, excepcional cantor e compositor das noites paulistanas, no seu livro "Arte o Maravilhoso Mundo da Emoção" dedica uma especial atenção à Galeria Metrópole dos anos sessenta do já Ser Tão Paulistano.
“Era ali onde se concentrava a grande maioria de casas noturnas, ambientes de todos os tipos, para todos os gostos, a maior concentração de casas e consequentemente de pessoas era no subsolo, onde toda a volta da galeria era uma casa pegada a outra. Todas as casas trabalhavam com musica ao vivo, permitindo uma permanente união de músicos, instrumentistas, cantores, ritmistas, imitadores, artistas plásticos, compositores e todo tipo de artista que se possa imaginar. As duas escadas rolantes estão lá como testemunhas mudas deste tempo de glória, uma na entrada, outra nos fundos. Quem descia pela escada da frente, ao chegar em baixo encontrava do lado direito o ‘Sand-Churra’, famoso ponto de encontro de todos os artistas da época”.
São muitas as histórias, alegres, dramáticas, curiosas, emocionantes de uma cidade que preservou muito pouco, ou quase nada, da sua memória. José Domingos conta como nasceram várias musicas de sucesso e até hoje cantadas na noite. Uma dessas foi composta pelo grande sambista Jorge Costa.
“Foi assim que, numa noite de grande reunião no ‘Sand-Churra’, lá pelas tantas saiu o Chico Buarque juntamente com Nara Leão. Chico levava em uma das mãos o estojo com o inseparável violão, todos nós presentes vimos quando eles saíram. No dia seguinte Chico andava pela galeria procurando o violão que não sabia onde havia deixado, o Jorge aproveitou o motivo e dias depois lançava o samba ‘Triste Madrugada’ que foi sem dúvidas o seu maior sucesso.”
“Era ali onde se concentrava a grande maioria de casas noturnas, ambientes de todos os tipos, para todos os gostos, a maior concentração de casas e consequentemente de pessoas era no subsolo, onde toda a volta da galeria era uma casa pegada a outra. Todas as casas trabalhavam com musica ao vivo, permitindo uma permanente união de músicos, instrumentistas, cantores, ritmistas, imitadores, artistas plásticos, compositores e todo tipo de artista que se possa imaginar. As duas escadas rolantes estão lá como testemunhas mudas deste tempo de glória, uma na entrada, outra nos fundos. Quem descia pela escada da frente, ao chegar em baixo encontrava do lado direito o ‘Sand-Churra’, famoso ponto de encontro de todos os artistas da época”.
São muitas as histórias, alegres, dramáticas, curiosas, emocionantes de uma cidade que preservou muito pouco, ou quase nada, da sua memória. José Domingos conta como nasceram várias musicas de sucesso e até hoje cantadas na noite. Uma dessas foi composta pelo grande sambista Jorge Costa.
“Foi assim que, numa noite de grande reunião no ‘Sand-Churra’, lá pelas tantas saiu o Chico Buarque juntamente com Nara Leão. Chico levava em uma das mãos o estojo com o inseparável violão, todos nós presentes vimos quando eles saíram. No dia seguinte Chico andava pela galeria procurando o violão que não sabia onde havia deixado, o Jorge aproveitou o motivo e dias depois lançava o samba ‘Triste Madrugada’ que foi sem dúvidas o seu maior sucesso.”
Um daqueles bares era o Paribar, que funcionou de 1.942 até 1.983. Recentemente o novo proprietário do lugar, preparando-se para abrir ali um restaurante, ao tomar conhecimento do "passado do local" resolveu manter as mesmas características do antigo Paribar. Fica ali na praça Dom José Gaspar, de frente para o jardim dos fundos da Biblioteca Municipal.
Jorge Costa nasceu em Alagoas em 29 de setembro de 1.922, morou alguns anos no Rio de Janeiro, no Morro da Mangueira onde conviveu entre outros com Nelson Cavaquinho. Na década de 50 mudou-se para São Paulo onde desenvolveu toda a sua criatividade no meio da “efervescente” noite paulistana de então. Morreu em São Paulo no dia 19 de maio de 1.995.
Triste Madrugada
Jorge Costa
Triste madrugada foi aquela
Que eu perdi meu violão
Não fiz serenata pra ela
E nem cantei uma linda canção
Uma canção para quem se ama
Que sai do coração dizendo assim
Abre a janela amor, abre a janela
Dê um sorriso e joga uma flor pra mim
Cantando assim, la la...
A primeira gravação foi no ano de 1967 com Jair Rodrigues. Depois dezenas de grandes cantores, cantoras e conjuntos também gravaram. A mais recente é com o Turcão, ele mesmo, que foi do Tarancon e hoje faz dupla com o Jica, os internacionais Jica e Turcão. Nos bailes de carnaval, ainda existem os que tocam e cantam samba, ela é cantada várias vezes durante o tríduo momesco. Nos barzinhos, festas de batizado e outras ela é sempre lembrada quando o local precisa de animação ou, na casa noturna, o dono precisa que a clientela se anime e consuma mais.