Para quem já conhece, excelente oportunidade de rever; para quem, porventura ainda não conhece, que corra a ver! Em qualquer dos casos, imperdível: O Grupo Viola Quebrada, de Curitiba, estará em São Paulo no próximo 17 de setembro, as 20 horas, lançando o álbum “Meus Retalhos”, o sexto de uma carreira iniciada no ano 1997.
Quem acompanha o “Projeto Dandô – Circuito de Musica Dercio Marques”, iniciativa da cantora, compositora, pesquisadora e agitadora cultural Kátya Teixeira, já se acostumou com a presença marcante do Viola Quebrada no circuito; também quem acompanha o Poemoda, da Rádio éParaná, transmitido simultaneamente na internet às quartas feiras, 21 horas, capitaneado por Etel Frota e Alan Romero, certamente os conhece – aliás, foi no Poemoda que pela primeira vez tive a ventura de conhecer o trabalho.
O “Grupo Viola Quebrada” é inspirado diretamente no modernista Mário de Andrade, homenagem apropriada para quem fez o primeiro mapeamento musical no Brasil, iniciativa que até hoje rende frutos, pois o objetivo era descobrir, registrar e divulgar a incomensurável variedade e riqueza rítmica do Brasil, desconhecidas na época e de certa forma, ainda continua assim. Na grande mídia e meios de informação em geral, ainda predomina o interesse comercial, de fácil absorção e consumo. “Viola Quebrada” é o título da única canção composta por Mário, chamada por ele “Maroca” e que por sua vontade, seria uma cantiga popular, de “domínio público.” E o Grupo de mesmo nome com certeza teria aprovação inconteste de Mário, compromissados que são com a pesquisa e um amplo dialogo com tradições sonoras julgadas esquecidas, como o fandango do litoral do Paraná ou a dança curraleira, de Goiás. Eles não se preocupam somente com o resgate, mas também com a criação e renovação, vide as expressivas parcerias com artistas como a mineira Consuelo de Paula e a poeta Etel Frota ou os violeiros Chico Lobo e Paulo Freire: respeito à arte, denodo, sensibilidade e talento transbordante, eis a marca do Viola Quebrada.
SERVIÇO:
GRUPO VIOLA QUEBRADA, com participação de CONSUELO DE PAULA
O Itaucultural fica na Av Paulista, 149, pertinho do Metrô Brigadeiro.
Importante: o espetáculo será gratuito, o ingresso deverá ser retirado 30 min antes do espetáculo.
Abaixo uma reprodução do release do Grupo, que fala por si:
VIOLA QUEBRADA LANÇA ÁLBUM MEUS RETALHOS
Grupo abre a série de shows de lançamento do novo CD em São Paulo, na Sala Itaú Cultural
O Grupo Viola Quebrada escolheu a capital paulista para fazer, no dia 17 de setembro, quinta-feira, às 20h, no Sala Itaú Cultural, o primeiro dos dez shows de lançamento do álbum Meus Retalhos. Este é o sexto álbum do grupo e reúne seis anos de composições e arranjos inéditos de Oswaldo Rios e Rogerio Gulin, com participação de Consuelo de Paula - que se apresentará com o grupo em São Paulo e Curitiba -, Paulo Freire, Rubens Pires, Etel Frota, Chico Lobo, Roberto Prado. As 13 faixas do disco trazem ritmos variados do que há de melhor em música caipira.
Viola Quebrada
Formado em 1997, o nome do grupo foi inspirado em uma canção de Mário de Andrade, fundador do Modernismo brasileiro e pesquisador musical. Desde a criação, o Viola Quebrada se propõe a apresentar temas clássicos do repertório caipira, em arranjos recriados que ganham vida nas vozes e violões de Oswaldo Rios, na viola caipira de Rogerio Gulin, no acordeom de Rubens Nunes Pires, no baixo de Sandro Guaraná e na percussão de Marcão Saldanha.
A discografia é composta por cinco CDs. O primeiro, “Viola Quebrada” em 2000, com participações de Pena Branca e Xavantinho, Roberto Corrêa e Terra Sonora. Em seguida o “Viola Fandangueira”, de 2002, CD duplo só de fandangos, com a participação da Família Pereira de Guaraqueçaba, do Mestre Eugênio e Pedro Pereira, ambos da Ilha dos Valadares. “Sertaneja” em 2003, no qual Zeca Baleiro canta o fandango paranaense “Balão que cai”. Neste mesmo ano são convidados a participar de uma coletânea da gravadora Kuarup chamada “caipiríssimo”, juntamente com Rolando Boldrin, Pena Branca e Renato Teixeira.
Em 2006, lançaram o CD “Noites do Sertão” com faixa de Alaíde Costa. Em 2011, o CD e DVD “Viola Quebrada canta Cascatinha e Inhana” com participação das Irmãs Galvão. Depois dessa caminhada, o grupo passa a se dedicar a um trabalho autoral em que Rogerio Gulin e Oswaldo Rios assinam algumas músicas, e surgem parcerias com outros músicos como Paulo Freire, Consuelo de Paula, Chico Lobo e os poetas João Evangelista Rodrigues e Etel Frota.
No repertório estão temas contemporâneos como a defesa da natureza nas músicas Rio do Peixe (Rogerio Gulin, Oswaldo Rios e João Evangelista Rodrigues) e Caminhos do campo (Rogerio Gulin, Oswaldo Rios e Etel Frota); êxodo rural na música Meus Retalhos (Rogerio Gulin, Oswaldo Rios e Etel Frota), fé na música Louvação (Rogerio Gulin, Oswaldo Rios e João Evangelista Rodrigues), festas de interior na música Margarida (Rogerio Gulin, Oswaldo Rios e Consuelo de Paula), amor nas músicas Ilusões (Oswaldo Rios e João Evangelista Rodrigues) e Zóio Seco (Paulo Freire e Oswaldo Rios), além de outros temas que fazem parte do cotidiano do sertanejo. No momento em que o Grupo ganha força nas redes sociais, o novo álbum estará disponível também na versão online.
Repertório
1 Meus Retalhos (Rogério Gulin, Oswaldo Rios e Etel Frota)
2 Caminhos do Campo (Rogério Gulin, Oswaldo Rios e Etel Frota)”
3 Zóio Seco (Paulo Freire e Oswaldo Rios)
4 Ilusões (Oswaldo Rios e João Evangelista Rodrigues)
5 A Viola é que me Toca (Chico Lobo, Oswaldo Rios e Roberto Prado)
6 Margarida (Rogério Gulin, Oswaldo Rios e Consuelo de Paula)
7 Estação (Rogério Gulin e Rubens Nunes Pires)
8 Louvação (Rogério Gulin, Oswaldo Rios e João Evangelista Rodrigues)
9 Viola de Palha (Rubens Nunes Pires, Oswaldo Rios e Dalton Luiz Gandin)
10 Rio do Peixe (Rogério Gulin, Oswaldo Rios e João Evangelista Rodrigues)
11 Violeiro e Poesia (Oswaldo Rios e Etel Frota)
12 Flor de Algodão (Rogério Gulin, Oswaldo Rios e Etel Frota)
13 Linda Flor do Paraná (Sérgio Penna, Oswaldo Rios e João Evangelista Rodrigues)
Contato:
violaquebrada@gmail.com